Hepatite B

Definição
É uma doença infecciosa do fígado, causada pelo vírus da Hepatite B (HBV), que frequentemente cronifica.

Transmissão


O HBV é extremamente resistente e de fácil transmissão. As principais formas de contaminação atualmente são: o uso de drogas, compartilhando seringas, agulhas e outros instrumentos e relações sexuais sem preservativo (camisinha). Entretanto, há alguns anos, a transfusão sanguínea foi a principal via de transmissão da doença, mas, devido à triagem laboratorial obrigatória dos doadores, se tornou rara esse tipo de transmissão. O contato com secreções corporais que contenham o vírus (como sangue, saliva, sémen, secreções vaginais e leite materno) com mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença. Tanto portadores asintomático, como sintomáticos transmitem o vírus. Grávidas contaminadas podem transmitir o vírus para o bebê, especialmente na hora do parto, portanto é essencial que o médico saiba da ocorrência da doença para minimizar os riscos de contaminação.

Sinais e sintomas

Inicialmente, surgem sintomas gerais de uma infecção viral, como mal-estar, falta de apetite, febre, cansaço fácil, náuseas, dor de cabeça e no corpo. 
Logo após, surgem sintomas típicos, como icterícia (coloração amarelada das mucosas e da pele), coceira no corpo, urina cor de coca-cola e fezes claras. Mais da metade dos infectados são assintomáticos na fase aguda, porém permanece o risco de desenvolver cronicidade. Estes sintomas duram de duas semanas a três meses.


Evolução

O que acontece após a fase aguda depende da resposta imune do hospedeiro. Pode ser boa e suficiente, levando o doente à cura, que é a maioria dos casos. A resposta pode ser agressiva, levando à hepatite fulminante, que, na maioria das vezes, leva à morte, todavia ocorre em menos de 1% dos pacientes que adquirem o vírus. Ou então, a resposta é insuficiente, levando ao estado de portador ou hepatite crônica, que ocorre em cerca de 10% dos casos, variando muito dependendo da faixa etária, sendo maior o risco de cronificar em crianças: cerca de 90% em recém nascidos e 50% na infância. O risco de má evolução também é maior em consumidores de bebida alcoólica e em pessoas com baixa imunidade, como pessoas com AIDS.
Pacientes com doença crônica podem ser assintomático ou sintomáticos. A doença pode progredir, com risco de complicar com cirrose ou carcinoma hepatocelular (tipo de câncer do fígado com mau prognóstico).

Diagnóstico

O quadro clínico permite o médico fazer suspeitas, porém o diagnóstico só é confirmado por exame de sangue, no qual são identificados anticorpos contra o vírus ou partículas do vírus, sendo importante diferenciar aqueles que já tiveram a doença aguda e estão curados,aqueles imunizados por vacina e aqueles com hepatite crônica, que necessitam de vigilância e tratamento.
A biópsia hepática (retirada de pequeno fragmento do fígado com uma agulha para análise microscópica) é útil para analisar o grau de comprometimento do fígado.
Tratamento

Não existe um tratamento específico para a fase aguda da doença, podem ser utilizados medicamentos para os sintomas gerais, como, febre, náuseas e dores. O repouso é relativo, ou seja, depende de cada caso e a ingestão de qualquer tipo de bebida alcoólica está proibida.
A hepatite fulminante exige tratamento intensivo e, muitas vezes, o transplante hepático é a única solução.
A hepatite crônica necessita tratamento e acompanhamento médico específico para minimizar os riscos de desenvolvimento de cirrose e suas complicações. De acordo com o estágio da hepatite, a presença concomitante de outras doenças, as chances de resposta, a idade e a motivação do paciente, o especialista decidirá se é possível iniciar ou não o tratamento para hepatite B crônica, e, quando indicado, qual medicação escolher.
Atualmente, o Ministério da Saúde do Brasil fornece alguns tipos de medicamentos para os casos com indicação médica.

Prevenção

A vacina contra Hepatite B é altamente eficaz e deve ser administrada em todos os recém nascidos, iniciando o esquema de três doses logo no primeiro mês de vida. 
Contudo, pode ser tomada em qualquer idade, especialmente se fazem parte do grupo de risco, como profissionais da área da saúde, alcoolistas e indivíduos com outras doenças hepáticas.
Para prevenção, é importante o uso de equipamentos protetores, como luvas e máscara, ao manipular materiais que contenham secreções, esterilização de materiais de uso pessoal, como alicate de unha, não compartilhamento de instrumentos pérfuro-cortantes, como lâminas de barbear, além do uso do preservativo em qualquer tipo de relação sexual.
Para pessoas que tiveram exposição conhecida ao vírus, como acidente com secreções contaminas ou relação sexual com portador do HBV, é recomendado o uso do soro contra o vírus o mais rápido possível, para diminuir o risco da infecção. Recém nascidos também devem receber este soro, até 12 horas depois do parto, para reduzir riscos de desenvolver a doença.



Fonte: Camila Andrade

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