PEDRA NA VESÍCULA – COLELITÍASE | SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO


Colelitíase é a presença de cálculo (pedra) no interior da vesícula biliar. A vesícula biliar tem o formato de pêra, com tamanho aproximado de 10 cm. Está localizada perto do fígado e tem como função o armazenamento da bile. A bile é prozuzida pelo fígado e é levada até a vesícula biliar para ser armazenada e eliminada na presença do alimento, principalmente rico em gorduras. 
A contração da vesícula biliar ocorre quando temos a presença de alimentos no intestino sendo a bile assim despejada e misturada no duodeno (parte inicial do intestino delgado) com o alimento que veio do estômago.



Algumas perguntas que serão respondidas neste texto:
  • O que é Colelitíase?
  • Quais são os tipos de cálculos biliares?
  • Quais o sintomas da Colelitíase?
  • Como ocorre o cálculo na vesícula?
  • Qual o exame fazer na suspeita de cálculo na vesícula?
  • Qual o tratamento da Colelitíase?
Para iniciarmos este texto devemos conhecer a árvore biliar (locais onde a bile transita). Como já dito, a bile é produzida no fígado e é jogada em pequenos canalículos (via biliar intra-hepática), em seguida cai na via biliar extra-hepática e em seguida para a vesícula biliar.
Árvore biliar = vesícula biliar, ducto cístico, ducto hepático direito e esquerdo, ducto hepático comum e colédoco
Via Biliar extra-hepática = ducto hepático direito e esquerdo, ducto hepático comum e colédoco
O ducto hepático comum é formado pela confluência do ducto hepático direito e esquerdo que se encontra com ducto cístico formando o colédoco que desemboca na parede duodenal. Na junção do colédoco com o ducto pancreático forma-se a ampola de Vater.
Tipos de cálculos biliares:
Existem 3 tipos de cálculos (de colesterol, bilirrubinato de cálcio e marrom), sendo que 2 deles são formados no interior da vesícula biliar, são eles:
Cálculo de Colesterol: é a composição da maioria dos cálculos, sendo que normalmente não é puramente de colestrol, tendo o cálcio como outro componente. Tem como fator de risco: mulheres, obesidade, multíparas (mulheres que tiveram muitos filhos), história na família, hipertrigliceridemia (aumento do triglicerídeos no sangue), gestantes, etc.
Cálculo de Bilirrubinato de Cálcio (calculo preto): é o 2º cálculo mais comum, sendo mais comum em doentes que tem destruição das hemáceas (hemólise crônica) como: anemia falciforme, esferocitose entre outras.
O cálculo de pigmento marrom ou castanho equivale a 5% dos cálculos e não é formado na vesícula biliar, sendo normalmente formado no colédoco que possui deformidades (estreitamento, obstrução…).
Como ocorre o cálculo na vesícula biliar?
Normalmente a capacidade da vesícula biliar é de somente 40- 50 ml, sendo que são produzidos diariamente 600 ml de bile. A vesícula biliar só consegue armazenar essa quantidade de bile devido a sua capacidade de absorção, ela absorve água e eletrólitos concentrando a bile entre 5 a 10x. Essa concentração pode afetar a solubilidade de dois importantes componentes dos cálculos biliares: colesterol e cálcio. O cálculo ocorre devido o aumento da concentração de colesterol e cálcio.
SINTOMAS:
A maioria dos pacientes com cálculos biliares não manifestará qualquer sintoma durante a vida. A taxa de aparecimento de sintomas é de apenas 1% ao ano nos doentes assintomáticos.
Porém quando se tem sintoma ele se manifestará através da cólica biliar, que se dá quando o cálculo fica preso na saída da vesícula biliar (infundíbulo ou no ducto cístico) transitoriamente (4-6h). Quando o cálculo fica impactado por mais de 4-6h teremos um outro quadro chamado de colecistite.
A cólica biliar é uma dor aguda e contínua, caracteristicamente localizada na topografia de vesícula biliar ou acima do umbigo, podendo apresentar irradiação para a escápula direita. Muitas vezes a dor ocorre após refeição com alimentos gordurosos, refeição que se segue a jejum prolongado ou mesmo após uma refeição habitual.
O motivo da dor é sempre a obstrução da luz da vesícula por um cálculo. Uma associação com a alimentação ocorre em somente 50% dos casos. No restante dos pacientes, a dor não é relacionada com a alimentação e  tem inicio no período noturno, acordando o paciente de seu sono. A duração da dor é tipicamente de 1-5h.As crises raramente persistem por mais de 24hs ou por menos de 1 hora. Se persistir por mais de 24h deve-se pensar em inflamação aguda ou colecistite.

Os episódios de cólica biliar se repetem em intervalos de dias ou meses, sendo normalmente menos freqüentes do que 1 crise por semana. Outros sintomas como náuseas e vômitos comumente acompanham cada episódio (60-70% dos casos).
DIAGNÓSTICO:
O primeiro exame a ser solicitado na suspeita de Colelitíase é a Ultrassonografia. Além de visualizar os sistemas biliares intra e extra-hepáticos (revelando dilatações), ainda permite a observação do fígado e do pâncreas.



TRATAMENTO:
Quando o paciente não possui sintomas do cálculo biliar, a cirurgia (colecistectomia) não está indicada, exceto quando: o cálculo é maior que 3 cm, está associado a pólipos, vesícula em porcelana, anomalia congênita da vesícula, microesferocitose.
Já nos pacientes que apresentam sintomas (cólica biliar) deverá ser realizada a remoção cirúrgica da vesícula (colecistectomia).

Fonte: Eduardo de Carvalho - medfoco.com.br
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