Prevenindo Doenças do Aparelho Digestivo

A boa saúde do seu aparelho digestivo, depende, essencialmente, do seu estilo de vida. Além dos "lanches de rua", aos quais comumente se associam problemas de digestão, e das "bactérias", responsáveis pelas chamadas "intoxicações alimentares", há sérios fatores de risco que devem ser levados em conta, pois podem causar permanentes danos gastrointestinais. Entre eles os mais sérios são: álcool, fumo, obesidade e estresse.





Fumo - Os males causados pelo hábito de fumar são geralmente associados a câncer de pulmvão, enfisema e doenças cardíacas entretanto, atingem seriamente o aparelho digestivo, pois em cada tragada, o fumante aspira 400 toxinas e 43 carcinogênicos . Entre os danos causados pelo cigarro contam-se:



  • Redução do peristaltismo - movimento dos músculos do esôfago que empurram o alimento para baixo.
  • Diminuição da secreção de ácido clorídrico pelo esôfago.
  • Redução da produção de enzimas pancreaticas.
  • Comprometimento das funções do fígado.
  • Azia e úlcera péptica.
  • Câncer digestivo.


Álcool - O consumo excessivo de bebidas alcóolicas prejudica o funcionamento normal do fígado, pois provoca o acúmulo de toxinas. Embora algumas doenças desapareçam quando se pára de beber, como a gastrite, por exemplo, outras, como a cirrose hepática, causada por anos de vício, são permanentes. Além disso, a combinação de álcool e fumo é preocupante, pois a dupla pode provocar tumores malignos.





Obesidade - A obesidade está-se tornando um problema de saúde pública nos países desenvolvidos. A medicina tem voltado sua atenção para o sobrepeso, provocado pelo consumo exagerado de carboidratos e gorduras ligado à vida sedentária, pois o obeso, geralmente, tem taxas elevadas de colesterol e triglicérides, que podem provocar pressão alta, derrame e ataque cardíaco. A pessoa é considerada gorda se estiver pesando de 10 a 20% acima da média para sua altura e obesa, se estiver com mais de 20% acima dessa média. Certos tipos de Câncer, além de diabetes e doenças da vesícula biliar estão associados ao excesso de peso. Apesar da infinidade de dietas e regimes divulgados pela mídia, as pessoas ainda não se deram conta dos riscos que correm, se não se propuserem a mudar seus hábitos de vida, com reeducação alimentar e atividade física.


Estresse - O estresse é uma resposta do corpo a um aumento de tensão. Várias funções do organismo podem ser alteradas diante de situações difíceis, entre elas, as do aparelho digestivo. Podem ser sintomas de estresse:
  • Perda de apetite
  • Dor de estômago
  • Diarréia
Algumas doenças como gastrite, úlcera péptica e cólon irritável são comumente causadas pelo estresse.

Prevenção
Como os alimentos que consumimos não são absorvidos diretamente, por serem elementos complexos, dependendo de um processo que os transforme em componentes simples, é fundamental preservar o bom funcionamento de nosso aparelho digestivo, prestando atenção à quantidade e à qualidade do que comemos. Fibras, gorduras leves e laticínios ajudam a prevenir doenças gastro-intestinais.


Quanto ao exercício físicos, são muitos os seus benefícios
  • Combatem a obesidade
  • Reduzem o estresse
  • Fazem baixar as taxas de LDL (mau colesterol) e triglicérides
  • Fazem aumentar o HDL (bom colesterol) e a insulina
  • Melhoram o transporte de oxigênio pelo corpo
Alimentação adequada e exercícios físicos são as melhores formas de garantir a saúde gastro-intestinal.


Editora responsável: Dra. Elisabete Almeida

Hérnias - Tipo, Sintomas e Tratamento

As vísceras abdominais são contidas dentro da cavidade abdominal devido a presença do músculos e aponeuroses que dão a tonicidade da parede abdominal impedindo que o contato com as vísceras seja direta sobre a pele. Uma hérnia ocorre quando há um ponto de fraqueza desta parede abdominal que se forma entre a camada de músculos e aponeurose permitindo que o conteúdo da cavidade abdominal se mostre sob a pele como uma bexiga que se enche aos esforços e esvazia ao repouso. Pode causar dor importante e é potencialmente fonte de problemas que podem levar a uma cirurgia de emergência.

Aproximadamente 600.000 hérnias inguinais são operadas ao ano nos EUA sendo que nos Brasil os números são imprecisos. A grande maioria é realizada da maneira convencional. Algumas são realizadas via laparoscópica. Se seu cirurgião recomendou para você uma correção laparoscópica de sua hérnia inguinal, as informações que seguem podem ser de seu interesse.

Correção laparoscópica da hérnia inguinal é uma técnica recente que através de pequenos orifícios no abdomen corrige as aberturas (hérnias) através dos musculos que se formam dando saída , por debaixo da pele, do conteúdo abdominal. Este novo método pode oferecer além de um retorno mais rápido as atividades habituais como também em alguns casos menor dor no pós-operatório.

O que é uma hernia?


Existem vários tipos de hérnia . Há hérnias que podem ocorrer após uma cirurgia no local da incisão. (hérnia incisional)
Tanto homens como mulheres podem ter hérnia. Porém é mais comun nos homens.
Você pode nascer com uma hérnia ou adquirí-la durante a vida.
Uma hérnia não melhora ou desaparece sozinha.



Como sei que tenho uma hernia?


Os lugares mais comuns de aparecerem hérnias são na virilha (região inguinal) , umbigo (umbilical ou peri-umbilical) e em locais previamente operados ( incisional).

Geralmente é fácil de detectar uma hérnia. Você notará um aumento de volume da pele bem localizado e amolecido. Poderá sentir quando ergue objetos pesados, tosse , esforço ao urinar ou evacuar, ou ainda quando ficar muito tempo em pé.

A dor pode ser aguda e tipo queimação ou ser contínua , piorando ao final do dia.

Dor forte contínua no local da hérnia com aumento do volume da hérnia aumentado sem reduzir e vermelhidão local podem ser um sinal de que a hérnia está encarcerada ou estrangulada. Se você apresentar estes sintomas entre em contato imediato com o seu médico.


Porque as pessoas tem hernia?


A parede abdominal tem áreas naturalmente mais frágeis. Estas regiões podem dar origem as hérnias devido a grandes esforços, idade ou em regiões previamente operadas. Qualquer pessoa pode Ter uma hérnia. Hérnias em crianças são na maioria congênitas. Em adultos as causas mais comuns são além da idade ou grandes esforços, em pacientes com problemas pulmonares crônicos onde existe a tosse persistente. Em pacientes do sexo masculino com problemas de próstata onde há uma necessidade constante da prensa abdominal. Pessoas com problemas de intestino preso também podem apresentar hérnia com maior freqüência.


Quais são as opções de tratamento?

Há poucas opções para o tratamento da hérnia.

As fundas são raramente recomendadas e geralmente ineficientes. Quase a totalidade das hérnias requerem tratamento cirúrgico.

Atualmente as cirurgias são realizadas de duas maneiras:

A primeira, ou tradicional , é feita de fora para dentro, ou seja, é realizado um corte na parede abdominal e corrigido o defeito da parede abdominal com pontos , fechando o "buraco" por onde as vísceras anteriormente saíam. Esta técnica pode ser realizada com anestesia local ou peri-dural (na espinha dorsal)

A segunda , é por via videolaparoscópica. Neste método o orifício da hérnia é corrigido de dentro para fora , sem cortar a pele sobre a hérnia. Através de pequenos orifícios (3 ou 4) de aproximadamente 0,3 ou 0,5 cm são introduzidas cânulas para entrar na cavidade abdominal e fazer a cirurgia através de um monitor de vídeo. A hérnia é identificada e ressecada. Então é posicionada uma tela sobre o defeito da parede abdominal e é fechada a porção exposta. Esta cirurgia é realizada com anestesia geral.


Correção da hernia inguinal via Fechada ou Aberta ?


Somente após uma avaliação crítica do cirurgião responsável é que será determinado se sua hérnia poderá se corrigida por via laparoscópica. Fatores que podem levar a conversão da cirurgia fechada (via laparoscópica) para aberta incluem obesidade excessiva, história de cirurgia abdominal prévia, sangramento de difícil contensão e outras.

Em um pequeno número de pacientes, o método via laparoscópica não pode ser realizado devido a dificuldades anatômicas locais impossibilitando ao cirurgião de visualizar ou manipular de maneira apropriada os órgãos internos.

Quando o cirurgião resolve converter uma cirurgia em prol da segurança do paciente, não se considera o fato como uma complicação mas sim como julgamento cirúrgico (bom senso).


Quais são as complicações da cirugia?


Apesar da cirurgia ser considerada segura, complicações podem ocorrer como em qualquer outra cirurgia.
As principais complicações que ocorrem em qualquer cirurgia são a infecção e a hemorragia. (complicações raras em procedimentos laparoscópicos)
Há um pequeno risco de lesão da bexiga urinária , alças intestinais , vasos sangüíneos , nervos ou do cordão espermático.
Dificuldade pós-operatória em urinar não é incomun e é transitório sendo em alguns casos necessária a passagem de uma sonda de alívio.
Em qualquer época a sua hérnia pode voltar. Atualmente os estudos mostram uma possibilidade de aproximadamente 4% de voltar. Isto é : em cada 100 operados 4 podem voltar a ter hérnia. O problema é que os riscos de ter uma hérnia são muito maiores que os riscos de tratá-la. Por isso a indicação cirúrgica é necessária.



Qual é o preparo pre-operatório necessário?

O que seu médico pedir, mais em termos gerais são os seguintes:
  • Alguns serviços de cirurgia realizam a cirurgia a nível ambulatorial . Outros acreditam que uma estada de 12 horas no hospital traz uma sensação de segurança maior para o paciente.
  • O jejum , pelo menos 12 horas antes da cirurgia é obrigatório.
  • Um banho na noite da véspera ou na manhã da cirurgia.
  • Alguns exames pré-operatórios são necessários.
  • Se você faz uso de medicação para doenças crônicas ou anti-coagulantes , você deverá avisar seu médico pelo menos uma semana antes da cirurgia.
Fonte: Dr. Salvador Sobrinho

Hérnia de Hiato, Esofagite, Azia e Refluxo Gastroesofágico



Hérnia de hiato é um defeito anatômico, em que um segmento do estômago, localizado dentro do abdômen, "sobe" ou "desliza" através de um orifício conhecido como hiato diafragmático para o tórax, alterando, entre outras coisas, o esfíncter inferior do esôfago.
 
1. O que é hérnia de hiato?
Chamamos hérnia de hiato a passagem de parte do estomago para o tórax. É muito difícil definir e saber o porque ocorrem as hérnias de hiato.

A hérnia pode ocorrer em qualquer idade. Muitas vezes as hérnias de hiato levam á esofagite de refluxo.



2. Quais são os sintomas da hérnia de hiato e da esofagite de refluxo?

O sintoma mais frequente é queimação ou dor no peito.

Além disso pode haver sensação de líquido que volta para a garganta. Algumas vezes pode haver dor ou dificuldade para engolir.

Pode haver sensação de "bolo na garganta" ou engasgos. Mais raramente pode haver gosto ácido ou amargo na boca.

Algumas pessoas tem sintomas respiratórios causados pelo refluxo como tosse seca, laringite ou faringite crônicas. Muitas vezes a laringite ou tosse não melhoram com o tratamento habitual. A esofagite está muitas vezes associada a asma ou bronquite.

Há pessoas com opressão ou peso no peito. Algumas vezes sintomas de refluxo causados pela presença da hérnia de hiato podem ser parecidos com os das doenças cardíacas. Isso causa enorme preocupação aos pacientes e familiares. Nesse caso é necessário um raciocínio clínico mais sofisticado para descobrir a causa dos sintomas.

Muitas pessoas com hérnias de hiato, no entanto, não apresentam sintomas.


3. Todas as pessoas com esofagite de refluxo tem também hérnia de hiato?
A presença de hérnia de hiato predispõe o indivíduo a ter esofagite. Existem , no entanto, inúmeras pessoas que não tem hérnia de hiato e que apresentam esofagite e refluxo. Essas pessoas apresentam fraqueza na válvula que impede o retorno do ácido do estomago para o esôfago  chamada esfincter. Assim, a esofagite de refluxo pode ocorrer sem a presença da hérnia de hiato, devido a fraqueza dessa válvula(esfincter)


4. Como é diagnosticada a hernia de hiato e a esofagite?
No Brasil a maneira mais comum de saber se há hérnia de hiato e esofagite é pela Endoscopia Digestiva. Atualmente a Endoscopia é confortável. Pode-se fazer o exame dormindo com o uso de medicações modernas. O exame é rápido e seguro quando feito por médicos experientes.


5.Qual o tratamento da hérnia de hiato e da esofagite de refluxo?
Há muitas opções. De maneira geral, medicações que diminuem a produção do ácido pelo estomago são utilizadas no tratamento da esofagite de refluxo. Essas medicações são eficazes e seguras. A esofagite associada á hernia de hiato tem tendência a ser recorrente e os sintomas tendem a voltar após o tratamento. Nesses casos pode-se optar por tratamento medicamentoso a prazo mais longo. A hérnia, naturalmente, não desaparece com o tratamento clínico.Nos casos em que não há melhora com tratamento clínico ou existam complicações pode-se optar pela cirurgia. O tratamento bem orientado normalmente leva á melhora na maior parte dos casos.

Fonte: Dr. Paulo Sérgio Lopes


AZIA E REFLUXO GASTROESOFÁGICO

O QUE É REFLUXO GASTROESOFÁGICO?
O refluxo gastroesofágico é a doença mais comum do aparelho digestivo. Ocorre quando o conteúdo ácido reflui, ou volta, para o esôfago. Esse material refluido contém, normalmente, grande quantidade de ácido clorídrico, que é produzido pelo estômago. O ácido, em contato com a mucosa do esôfago, provoca uma desconfortável sensação de queimação, conhecida popularmente como azia. A azia pode ser sentida logo acima da "boca do estômago", ou então começar neste ponto e subir até a garganta, espalhando a sensação de queimação atrás do esterno (aquele osso que fica no meio do peito). Algumas vezes, além da sensação de queimação, você pode perceber que "voltou alguma coisa junto", que pode ser o suco gástrico e/ou alimentos. Isso é chamado de regurgitação.

POR QUÊ O REFLUXO OCORRE?
O refluxo ocorre quando os mecanismos que impedem ou dificultam o retorno do material contido no estômago para o esôfago estão enfraquecidos ou inoperantes. O elemento mais importante dessa verdadeira barreira é o que chamamos de esfíncter inferior do esôfago, que funciona como uma válvula que abre e fecha e possui uma determinada pressão, suficiente para impedir o refluxo. Quando a pressão dessa válvula diminui ou começa a apresentar defeitos em seu funcionamento, o refluxo ocorre. É claro que, quanto mais refluxo ocorrer, maior a possibilidade de haver inflamação do órgão, conhecida como esofagite. Existem outros importantes mecanismos de defesa, como a produção de saliva, que em conjunto com a movimentação do esôfago, conhecida como
peristalse, "lavam" o esôfago, diminuindo o refluxo.

O QUE É HÉRNIA DE HIATO? HÉRNIA DE HIATO E REFLUXO SÃO A MESMA COISA?
Hérnia de hiato é um defeito anatômico, em que um segmento do estômago, localizado dentro do abdômen, "sobe" ou "desliza" através de um orifício conhecido como hiato diafragmático para o tórax, alterando, entre outras coisas, o esfíncter inferior do esôfago. Hérnia não é sinônimo de refluxo. Cerca de 50% dos pacientes que têm hérnia não têm refluxo, e vice-versa.


POR QUÊ TENHO AZIA?
A azia pode ocorrer por uma série de fatores, tais como o estresse, o uso de medicamentos e maus hábitos alimentares. Além da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), citada anteriormente aqui.


É IMPORTANTE TRATAR A AZIA?
Sim, atenção aos sintomas e à freqüência com que eles acontecem. Quanto mais rápido for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento do problema. Seu médico prescreverá medicamentos que diminuem a secreção do ácido produzido pelo estômago.


ESTÁ CORREIO TOMAR LEITE E ANTIÁCIDOS PARA TRATAR A AZIA?
Cuidado! Ao consumir leite e antiácidos, você estará se automedicando. A sensação de queimação pode não ser apenas uma azia. O leite, por mais que seja considerado uma alterna-tiva natural e saudável, não é o tratamento recomendado, e o antiácido causa somente um alívio temporário.


SEMPRE QUE TENHO AZIA SIGNIFICA QUE ESTOU COM PROBLEMA?
Não, somente quando o desconforto da azia se torna freqüente, 2 vezes por semana durante 4 a 8 semanas, é que devemos nos preocupar, pois poderá ser um sintoma da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).


QUANDO DEVO PROCURAR UM MÉDICO PARA TRATAR A AZIA?
Devemos procurar um médico quando os sintomas da azia se tornam constantes. Normalmente cometemos exageros na alimentação e sentimos azia, mas, se as atividades diárias estiverem prejudicadas com tais sintomas, você deverá ir ao médico. O tratamento prolongado e a mudança de hábitos têm sido a melhor e mais adequada solução para as constantes reclamações de quem sofre diariamente com os sintomas do refluxo.

Fonte: eniofranca.com.br/.../azia_e_refluxo.htm


Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.