Pancreatite Aguda


O que é?
O pâncreas é um órgão situado no abdome superior e é responsável pela produção de sucos digestivos e alguns hormônios, como a insulina. Em geral, com os cuidados médicos adequados, um episódio de pancreatite aguda não leva a complicações mais sérias, mas em alguns casos os indivíduos podem necessitar de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Patogenia (Como acontece?)
Os principais responsáveis pelos episódios de pancreatite aguda são:

  • Presença de “pedras” na vesícula ou nos ductos biliares 
  • O uso abusivo do álcool (nesses casos, a doença já pode ser crônica) 
  • Elevações exageradas de triglicérides (gordura do sangue) podem ser um fator de risco importante. O uso de alguns medicamentos, a realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), um tipo especial de endoscopia, níveis elevados de cálcio no sangue, presença de alguma doença auto-imune, fatores genéticos e algumas infecções podem ter papel determinante em sua ocorrência. Em cerca de 20% dos casos a causa não pode ser determinada, o que parece aumentar o risco de recorrências.
Sinais e sintomas (O que se sente?)
Dor abdominal é a queixa mais freqüente. Pode durar dias. A dor pode ser sentida também nas costas e curvar o tronco pode trazer certo alívio. A distensão abdominal junto com a dor também é um sintoma freqüente. A dor é intensa e se irradia em faixa, no abdome superior. No entanto, há casos em que a pessoa não refere dores abdominais. Outros sintomas como enjôo, vômitos, palpitações, falta de ar ou dificuldade para respirar, febre e pele amarelada podem aparecer.
Se a pancreatite aguda for secundária a presença de pedras, a dor costuma ser persistente, durando de 6 a 8 horas, sendo desencadeada após alimentação. A dor vai aumentando de intensidade e pode vir acompanhada de enjôo e vômito.
No caso da pancreatite aguda alcoólica, os sintomas se iniciam de 1 a 3 dias após ingestão abusiva de álcool ou mesmo sem beber. Quase sempre, as dores são acompanhadas por enjôo e vômito.

Evolução
Em uma pequena porcentagem dos casos, poderá haver uma evolução para uma condição mais séria, também chamada pancreatite necrotizante, com morte de tecido pancreático. Nesses casos, a inflamação pode se estender à distância e envolver outros órgãos, como pulmões, pleura, pericárdio e rins. Pode também haver formação de ascite (“barriga d’agua”) pelo extravasamento do líquido do pâncreas dentro do abdome e pela inflamação. Nessas condições, o intestino não funciona direito e a pessoa sofre parada dos movimentos intestinais. O sangramento digestivo é uma complicação rara.

Diagnóstico (Como seu médico irá diagnosticar?)
O diagnóstico é feito com base na história clínica, exame físico do paciente, dados laboratoriais e de imagem.
Buscando descobrir qual a causa base que desencadeou a doença, questionamentos sobre história de “pedras” na vesícula e uso persistente de álcool deverão ser feitos pelo médico.
Níveis elevados de ambas as enzimas pancreáticas (amilase e lipase), cerca de 3x o valor normal, acabam fechando diagnóstico na ausência de falha dos rins.
Os exames de imagem trazem informações sobre a estrutura, a presença de pedras na vesícula e dos órgãos em volta do pâncreas. Uma ultrassonografia deve ser realizada em busca das pedras, mas esse exame não é capaz de identificar complicações. Exames de raios-x de tórax e abdome podem apresentar achados sugestivos de pancreatite aguda.
O melhor exame para diagnosticar pancreatite aguda á tomografia computadorizada (TC). Esse exame costuma ser realizado quando há outras suspeitas diagnósticas, quando não há resposta ao tratamento sintomático ou quando há suspeita de pancreatite necrotizante.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, endoscopia especial do pâncreas e das vias biliares, apesar de ser uma potencial causa de pancreatite aguda, pode ser importante na determinação da causa em situações de recorrência, principalmente em pacientes com problemas das vias biliares. Pode ser usada também no tratamento de algumas condições, como na remoção de pedras impactadas nas vias biliares.

Tratamento
O objetivo do tratamento é diminuir a inflamação do pâncreas e retirar a causa que desencadeou a crise.
Nos casos mais leves, o tratamento se baseia no alívio da dor, reposição de fluidos com soro, suspensão da alimentação oral e monitoramento constante. Nas complicações, deve-se associar terapia com antibióticos e retirada do tecido pancreático necrosado.

Prevenção Para evitar novos episódios, o indivíduo deve parar de beber. É indicado também que o cigarro seja abolido.
Nos casos da pancreatite aguda secundária a pedras é indicada a realização de cirurgia para retirada da vesícula.
Nos outros casos, a prevenção de novos episódios é específica, por exemplo, controlando os níveis de triglicérides no sangue, excluindo outros fatores precipitantes como medicamentos ou fazer corticoterapia.

Dúvidas frequentes - Tenho pedra na vesícula mas nunca senti nada. Devo retirar a vesícula?
Não há sustentação na literatura médica para indicar a retirada da vesícula em pessoas sem sintomas. Excetuam-se casos em que há risco de câncer de vias biliares ou história de complicações (como a pancreatite aguda) por exemplo. O melhor é conversar com seu médico sobre os possíveis benefícios dessa cirurgia.


- Quem teve pancreatite aguda pode voltar a beber?
O paciente com história de pancreatite aguda não poderá voltar a beber, diminuindo de forma importante a chance de seu quadro se repetir. Além disso, diminuirá as chances de aparecimento de outras doenças associadas ao álcool
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Autores: Reinaldo Benevides dos Santos, Dr. Jorge Carvalho Guedes


Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.

Pequenos Hábitos Ajudam a Acabar com o Estômago Pesado


Uma boa digestão é fundamental para acabar com a gordura acumulada e com o mal-estar

Sabe como sua dieta pode render melhor? Com uma boa digestão. Esse processo é fundamental já que quando os alimentos mal digeridos se acumulam vão, com o tempo, se transformar emgordura. Fora que ninguém gosta de ficar com aquela sensação de estômago pesado, não é mesmo? A notícia boa é que você pode deixar sua digestão muito mais fácil incluindo em sua rotina pequenas atitudes que, após aquele prato delicioso, farão a diferença. Sem contar com a ajuda que darão a sua saúde. Por isso, a nutricionista Roberta Stella, do programa Dieta e Saúde, dá alguma dicas abaixo de como hábitos simples podem livrar você da sensação ruim ao comer. Confira: 

ü  Hora de comer, não de beber! Isso mesmo, o ideal é sempre evitar beber líquidos na hora das refeições. "O líquido dilui o ácido clorídrico fundamental para o processo digestivo, pois é esse ácido que vai transformar a comida engolida em partículas menores, mais fáceis de serem absorvidas. O ideal é não beber nada meia hora antes ou meia hora depois de comer." Caso você não consiga ficar com a boca seca, opte pela boa e velha água. Mas em pequena quantidade, ok?

ü  Mastigação aliada. A correria do dia a dia acaba nos levando para a correria na mesa também e acabamos não mastigando direito os alimentos. "É ruim porque o estômago e o intestino têm dificuldade para absorver os nutrientes, já que a comida chega maior no organismo". Resultado? Problemas de gases em excesso e abdômen inchado. Fora que seu corpo acabará gastando mais energia para fazer a digestão e você fatalmente ficará com mais sono e cansaço, após as refeições.

ü  Descanse um pouquinho, mas não durma! Logo após as refeições é bom evitar realizar atividades físicas intensas e, no outro extremo, evitar dormir. "O sono depois de comer faz com que o metabolismo do corpo diminua. Os exercícios físicos também são ruins porque reduzem a quantidade de sangue disponível para digerir os alimentos. Das duas formas, a comida fica mais tempo retida no organismo, que produz toxinas geradoras do mal-estar", ensina Roberta Stella.

ü  Chazinho para finalizar. A nutricionista do Dieta e Saúde ainda indica que beber uma xícara de chá depois das refeições é uma ótima pedida para se livrar da sensação de inchaço."A quentura dessa bebida ajuda a dissolver as gorduras e diminui a formação de gases intestinais."
PUBLICADO NO SITE MINHA VIDA

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Dez Tipos de Alimentos Capazes de Agravar a Gastrite


Eles irritam as paredes do estômago e pioram a inflamação.
Quem sofre com a gastrite sabe bem o quanto incomoda a queimação, o aperto, a cólica e o estufamento que vira e mexe teimam em aparecer. 
Todas essas sensações fazem parte deste quadro inflamatório. O desconforto aparece, principalmente, na parte mais alta da barriga, na boca do estômago. 
Muitas pessoas, por desinformação sobre a doença, agravam os sintomas com uma alimentação inadequada e nem se dão conta do quanto que a comida pode irritar a mucosa gástrica. Alguns alimentos favorecem a secreção de ácido gástrico e, por isso, devem ser ingeridos com cautela, pois agridem as paredes do estômago. 
A seguir, veja quais são eles e saiba por que evitá-los. 

1.Produtos ricos em corantes e conservantes, como sucos em pó e salgadinhos. "Uma vez instalada a inflamação, esses condimentos tem um grande potencial de agravar ainda mais o quadro, pois causam a irritação da mucosa gástrica", afirma a nutricionista Amanda Epifânio, do Centro Integrado de Terapia Nutricional (Citen).

2. Gomas de mascar. Chicletes, com ou sem açúcar, também são nocivos. O estômago se prepara para receber o alimento sempre que mastigamos algo. Esse preparo envolve a produção de uma quantidade adequada de ácido para o processo digestivo. "Com a chegada do alimento, esse ácido desempenha sua função e não é lesivo à parede gástrica. Mas, ao mastigar a goma de mascar, o estômago é 'enganado'. Não ocorre a chegada de alimento na cavidade gástrica e, portanto, a quantidade de suco gástrico produzido pode ferir o estômago e fazer a gastrite atacar", adverte a nutricionista Amanda Epifânio.

3. Frituras e embutidos, como os salgadinhos de festa, salsicha, salame e mortadela. O efeito dos embutidos está associado à quantidade de corantes e conservantes que esses alimentos contêm, causando irritação da parede do estômago. Com as frituras, o processo é muito semelhante. "Preparações fritas, principalmente, de óleos reutilizados, causam grande irritação gástrica e agravam os sintomas da gastrite. Isto acontece porque eles produzem substâncias oxidantes que agravam a irritação gástrica", afirma Amanda Epifânio. Entretanto, essa irritação não se restringe apenas às frituras encharcadas. "As frituras sequinhas, com aparência inofensiva, são, em geral, fritas em gordura hidrogenada ou trans. Essa qualidade de gordura é a que mais irrita o estômago e tem um potencial de aumentar ainda mais a inflamação", conclui a especialista.

4. Carnes vermelhas. O estômago é responsável apenas pela digestão de alimentos protéicos, como as carnes, induzindo ainda mais a liberação das enzimas digestivas e podendo agravar a inflamação. Segundo a nutricionista Amanda Epifânio, além das proteínas, as gorduras presentes em alguns cortes de carne, como a picanha, tornam a digestão mais lenta, deixando o alimento parado no estômago por um período maior, piorando assim os sintomas gástricos.

5. Leite e seus derivados, como iogurte, manteiga, requeijão e queijos. O leite e seus derivados fazem parte dos alimentos protéicos, e a alteração digestiva é semelhante à das carnes. Seu consumo nunca deve ser utilizado na tentativa de melhorar a dor gástrica, pois haverá uma melhora imediata em resposta à chegada de alimento no estômago, mas o agravamento da gastrite virá logo em seguida.

6. Açúcar e doces, como bolos, biscoitos recheados, sorvete e balas. O açúcar tem uma rápida digestão, podendo aumentar a fermentação intestinal e causar o desconforto gástrico. "As balas têm função semelhante a das gomas de mascar e os sorvetes, por serem à base de leite e ricos em gorduras, agravam ainda mais a gastrite", explica Amanda.

7. Condimentos fortes, como pimenta, temperos prontos, molho shoyu, catchup, mostarda. Ninguém em sã consciência colocaria uma gota de pimenta em uma ferida exposta, não é mesmo? O mesmo vale para o nosso estômago. "Na gastrite, há um processo inflamatório e o consumo de pimenta poderá ferir ou agravar a lesão inicial. Os demais molhos são ricos em conservantes e condimentos que também pioram o quadro", adverte a especialista

8. Cafeína, presente no café, nos chás preto e mate e nos refrigerantes à base de cola. Esta substância é um potente irritante gástrico e deve ser evitada durante o tratamento da gastrite.

9. Frutas cítricas, como laranja, mexerica, limão, maracujá, abacaxi e kiwi. De acordo com a nutricionista Amanda Epifânio, o teor de acidez das frutas cítricas pode agravar a lesão gástrica e causar dor.

10. Bebidas alcoólicas. O álcool também é extremamente agressivo à mucosa estomacal. Ele pode causar e/ou agravar um estado de inflamação.


PUBLICADO POR ROBERTA VILELA

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